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Comissões realmente são importantes?


Comissões realmente são importantes?

No contexto do competitivo universo das vendas, a discussão sobre o papel das comissões vai muito além de meros cálculos financeiros. Estamos diante de um intricado emaranhado de motivadores, reconhecimento individual e impulsionadores de desempenho. Neste artigo, aprofundaremos nossa análise para compreender a complexidade inerente das comissões, desvendando os múltiplos estratos que as tornam não apenas importantes, mas essenciais para o florescimento de equipes de vendas de alta performance.


Reconhecimento


As comissões, longe de serem apenas uma estratégia de remuneração, desdobram-se como uma forma palpável e emocional de reconhecimento. Ao entrelaçar diretamente ganhos financeiros com esforço e desempenho individual, elas conferem a cada venda uma dimensão de conquista pessoal. Este componente emocional emerge como um catalisador poderoso que transcende o mero aspecto quantitativo.


Por um lado, as comissões fornecem um feedback imediato e tangível sobre o desempenho do vendedor. Ao ver o valor de suas vendas refletido em seus ganhos, os vendedores recebem uma clara indicação de que seu trabalho está sendo realizado e percebido, oferecendo a cada um, evidências tangíveis do trabalho desenvolvido, garantindo maior clareza e a possibilidade de repetição de movimentos intencionais que lhe permitiram alcançar os resultados desejados.


Isso pode ser extremamente motivador, especialmente para vendedores que são intrinsecamente movidos por desafios e recompensas. A relação entre motivação financeira, como as comissões em vendas, tem como base a resposta dopaminérgica.


A dopamina é um neurotransmissor associado ao sistema de recompensa do cérebro, sendo liberada em resposta a experiências gratificantes.


Na gamificação, por exemplo, os mecanismos de recompensa e progressão estão projetados para ativar este sistema dopaminérgico. Quando as pessoas atingem um objetivo ou recebem uma recompensa (como dinheiro, pontos ou reconhecimento), ocorre uma liberação de dopamina, o que gera uma sensação de prazer e satisfação.


Portanto, ao associar comissões com conquistas em vendas, é possível ativar uma resposta similar no cérebro, incentivando os vendedores a continuarem buscando esses momentos de sucesso. Essa reação neuroquímica pode ser um poderoso motivador, influenciando positivamente o comportamento e a performance.


Por outro lado, as comissões também conferem ao vendedor um senso de realização, reforçando sua percepção de pertencimento, pois quando um vendedor fecha um negócio, ele contribui para o sucesso da empresa, lhe permitindo alcançar maior status e reconhecimento social. Isso pode ser uma fonte de grande satisfação e orgulho, que se reflete em um maior engajamento e motivação.


Além disso, as comissões podem servir como um mecanismo de feedback para os vendedores. Ao analisar suas comissões, os vendedores podem identificar áreas onde precisam melhorar seu desempenho. Isso pode levar a um desenvolvimento profissional contínuo e a um aumento do desempenho futuro.


Impulso para a Superação de Metas


A dinâmica por trás das comissões vai muito além de uma simples recompensa financeira; elas operam como impulso para a superação de metas. Vendedores testemunham seu progresso refletido de maneira concreta em suas remunerações, nutrindo um senso de realização e a sensação de contribuição valiosa para o sucesso empresarial. Esses elementos convertem-se em combustíveis essenciais, alimentando o motor do desempenho excepcional.


As comissões quando bem estruturadas alinhas a planos de metas coerentes a realidade de cada negócio, e distribuídas de forma analítica para cada vendedor, levando em consideração o contexto de cada um, podem contribuir para a construção de um ambiente de competição saudável, incentivando os vendedores a se superarem uns aos outros. Isso pode levar a um aumento na produtividade e na eficiência, à medida que os vendedores trabalham mais para alcançar metas mais altas.


Retenção de Talentos


A ausência de comissões não apenas representa uma lacuna financeira, mas pode ser prejudicial ao próprio tecido do ambiente de trabalho. Vendedores intrinsecamente motivados por desafios e recompensas podem experimentar uma desmotivação considerável quando o reconhecimento financeiro é ausente. Mesmo diante de salários fixos, as comissões desempenham um papel vital na manutenção de energia, engajamento e dedicação da equipe de vendas.


As comissões podem ser um fator decisivo na escolha de uma empresa para trabalhar. Vendedores talentosos estão cada vez mais exigentes em relação aos seus benefícios e incentivos, e as comissões são uma parte importante desse pacote.


Personalização das Estratégias de comissionamento


Um dos pontos chaves de sucesso, em relação as estratégias de remuneração variada, sem dúvidas está no entendimento prévio de cada contexto e estratégia definida, sendo assim segue abaixo alguns pontos que julgamos essenciais serem observados:


Entender o Ciclo Médio de Vendas: Cada negócio tem um ciclo de vendas que pode variar consideravelmente. Ter clareza desse indicador, é fundamental principalmente na integração de novos vendedores, para que esses possam estar conscientes do tempo médio entre a abertura e fechamento das oportunidades, para que dessa forma possam fazer melhor gestão da sua ansiedade e com isso consigam conduzir o processo com mais qualidade direcionando para o fechamento, além disso, quando falamos de comissionamento, é fundamental se ter estratégias alinhadas a cada contexto.


Salários Fixos vs. Remuneração Variável: Um equilíbrio adequado entre salário fixo e comissão é crucial. Salários fixos muito baixos em contextos de vendas técnicas, consultivas com ciclo de vendas muito longos podem ser desmotivadores, tendo em vista, que a remuneração variável pode demorar a se concretizar.


Realismo na Promessa de Remuneração Variável: As promessas de altas comissões devem ser realistas e baseadas em dados concretos. Expectativas irreais podem levar à frustração e alta rotatividade.


Estratégias Eficazes para Diferentes Contextos


Modelos Flexíveis: Adotar modelos de remuneração variável que possam ser ajustados de acordo com indicadores específicos com a estratégia de cada negócio: Abertura de novos clientes, Reativação de carteiras inativas, Maior volume de produtos por cliente, Retenção da carteira.


Bonificações por Desempenho de Longo Prazo: Em ciclos de vendas longos, considerar bônus ou incentivos adicionais para renovações de contrato, Retenção da carteira, NPS acima de uma pontuação pré definida


Incentivos Não-Financeiros: Complementar a remuneração com incentivos não-financeiros, como reconhecimento, oportunidades de desenvolvimento e um bom ambiente de trabalho.


Análise Contínua: Monitorar e analisar regularmente a eficácia das estratégias de remuneração para fazer ajustes conforme necessário.


Evitando Armadilhas Comuns


Não Copiar Modelos Cegamente: Evitar a tentação de simplesmente copiar modelos de outros negócios sem adaptá-los ao contexto específico da sua empresa.


Comunicação Clara: Garantir que os vendedores entendam completamente a estrutura de remuneração e como suas ações influenciam sua remuneração.


Suporte e Recursos Adequados: Fornecer aos vendedores os recursos e o suporte necessários para atingirem suas metas.


Conclusão


Concluímos, portanto, que adotar uma abordagem mais analítica e personalizada para a estruturação de planos de remuneração e incentivos pode resultar em uma força de vendas mais motivada que as comissões transcendem a mera importância; são fundamentais para criar um ambiente de vendas dinâmico e produtivo, que não apenas fornecem motivação financeira, mas também reconhecem o esforço individual, estimulam a superação de metas e fortalecem o comprometimento com o sucesso da empresa.


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